quinta-feira, fevereiro 15, 2007

I
E eis quanto resta do amor acabado
__ Primavera que durou um momento...
Como vão longe as manhãs do convento!
__ Do alegre conventinho abandonado...
Tudo acabou... Anemonas, hydrangeas,
Silindras,__ flores tão nossas amigas!
No claustro agora viçam as ortigas,
Rojam-se cobras pelas velhas lageas.
Sobre a inscripção do teu nome delido!
__ Que os meus olhos mal podem solletrar,
Cansados...E o aroma fenecido
Que se evola do teu nome vulgar!
Ennobreceu-o a quitação do olvido.
Ó doce, ingenua, inscripção tumular.
(Poema de CAMILO PESSANHA)
(Bonito poema apesar de triste, são os meus favoritos)

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